Resultados Campeonato Europeu 2015 – Finais por aparelhos
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23 de abril de 2015O texto desse post é uma tradução da colaboradora Marina Aleixo do vídeo abaixo, em que Svetlana Boguisnkaia foi entrevistada durante a Copa do Mundo de Ginástica em Cottbus.
Repórter: Olá Svetlana, muito obrigada pelo seu tempo, seja bem vinda a Cottbus.
Svetlana: Muito obrigada! Obrigada pelo convite para que eu viesse ter uma conversinha com você.
Repórter: Você chegou a competir aqui quando você era ginasta?
Svetlana: Eu competi aqui como ginasta. Eu me lembro que tinha mais ou menos 10 ou 11 anos, e tivemos uma competição amistosa aqui. Eu era júnior e me lembro que não tive uma boa experiência porque cai no exercício de solo e fiquei com um roxo no meu joelho, mas competi mesmo assim e fui muito bem. Tenho boas memórias de terminar bem, mas uma memória ruim de uma lesão. Quando voltei a competir nunca competi neste evento, que é a Copa do mundo. Mas é muito interessante ver tantas ginastas boas aqui, de todas as partes do mundo.
Repórter: Você acha que a ginástica mudou muito desde os tempos em que você competia?
Svetlana: Absolutamente sim! Primeiro de tudo, nos meus tempos você tinha que competir nos quatro aparelhos e tinha que ser uma ginasta completa. E hoje há ginastas que talvez não sejam fortes em todos os aparelhos, mas elas são especialistas em um evento em particular. E eu acho que isso dá a elas a oportunidade de viajar e mostrar o melhor que elas têm a oferecer em cada aparelho.
Repórter: Se você fosse uma ginasta nos dias de hoje, qual movimento você gostaria de realizar
Svetlana: Qual movimento ou qual aparelho?
Repórter: Humm, ambos!
Svetlana: Bem, eu diria que o meu movimento favorito seria saída da paralela de triplo mortal grupado. Eu fiz isso com uma júnior a muitos anos atrás, na Rússia, mas nunca mais o realizei. Acredito que tinha 13 ou 14 anos na época e naquele tempo você não precisava de tantas dificuldades, mas amaria fazer esse movimento nos dias de hoje. E hoje em dia as barras são bem mais distantes então eu teria mais velocidade e energia na preparação do elemento… Já em um aparelho, eu diria a trave de equilíbrio… Eu amava trave e amava competir sob pressão. Sempre amei estar num lugar onde 30 ou 40 mil pessoas estavam me assistindo e estar nesse pequeno aparelho. Eu sempre me sobressaí quando estava sob pressão, então a trave seria o meu aparelho preferido.
Repórter: Você sentia a pressão quando estava lá e todas as pessoas estavam te assistindo? Você percebia isso ou estava tão focada que nem via?
Svetlana: Como uma ginasta eu nunca notei as pessoas, quando estava no pódio estava na minha própria atmosfera, eu tentava cantar minha música preferida dentro de mim e focava exatamente no que eu tinha que fazer.
Repórter: E agora como uma técnica?
Svetlana: Como técnica é uma situação bem diferente. Eu fico bem mais nervosa porque não depende só de mim. Como ginasta eu sabia que iria lá e o fazia, porque tinha o controle. E como uma técnica você não tem controle nenhum porque tudo depende da atleta! E quando minha atleta comete algum erro eu fico machucada emocionalmente, pois penso que cometi algum erro. Por isso é uma experiência completamente diferente, então penso que é muito mais difícil ser uma treinadora do que uma atleta.
Repórter: Isso é bem interessante! (risos). Nós vemos que você está aqui agora como uma técnica do Uzbequistão, qual é exatamente seu papel? Você viaja para o Uzbequistão ou você fica nos Estados Unidos pela maioria do tempo?
Svetlana: Eu moro nos Estados Unidos e fui contratada no ano passado pelo Uzbequistão para ser não como uma técnica, mas como uma assistente para o time e técnica pessoal da Oksana Chusovitina. Então tenho um papel para ambos, um pouco para o time, e para Oksana. Entre este e o próximo ano eu estarei ajudando e gerenciando ela também.
Foto: Divulgação
Repórter: Tina Gerets, da agência MINKUSimages