– Comecei esse trabalho com 21 anos. Elas estão começando com 12, 13
anos. Talvez não tenham metade ou um terço do que eu tive pela prevenção
– disse Jade, que já teve problemas no punho, cóccix e canela e também
faz parte do programa.
O trabalho é feito antes do treino, com exercícios específicos.
Rebeca, uma das apostas do Brasil para os Jogos do Rio de Janeiro, sabe
da importância que isso pode ter no futuro. Atleta do Flamengo e da
seleção juvenil, ela já incorporou as atividades de prevenção ao dia a
dia.
– Posso até ter (lesões), mas vai ser difícil. Esses exercícios
ajudam muito quando estamos treinando. Vai fortalecendo o músculo para
não acontecer essas coisas, de precisar fazer cirurgia – explicou.
Para Henrique Jatobá, fisioterapeuta do COB, o atleta que começar a
prevenção no início da carreira, além de todos os benefícios de não
frequentar o departamento médico com frequência, pode prolongar a vida
no esporte. Ele chama a atenção para a importância de valorizar a
prevenção.
– Quanto custa um atleta machucado? E quanto custa prevenir? Quanto
custa investir numa equipe multidiciplinar, com médico especializado,
fisioterapeuta, bom preparador físico, fisiologista? A saúde no esporte
se resume a uma palavra chamada prevenção – considerou.
O Comitê Olímpico Brasileiro já percebeu resultados. Na última edição
das Olimpíadas, em Londres, 37% dos atletas tinham alguma lesão. O
número já foi muito superior, como em Atenas-2004, quando atingiu os
53%.
O fisioterapeuta do Flamengo Igor Letra acredita que, desenvolvendo
programas de prevenção, a tendência é que o cenário só melhore.
– No Flamengo, pelos dados do departamento médico, de 2011, antes de
começar, e agora, reduzimos na faixa de 60% das lesões. A importância do
trabalho de prevenção cedo é a longo prazo. Lá na frente vai ser muito
melhor para elas – considerou.
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