O que a ginástica reserva para 2018? – Parte 1 – Estados Unidos
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29 de janeiro de 2018A equipe russa de 2018 já foi anunciada e duas das ginastas mencionadas nesse post já estão na seleção principal enquanto as outras duas integram a seleção reserva. Merecidamente, Angelina Simakova – sem dúvidas a melhor novata – e Aleksandra Shchekoldina estão na principal enquanto Valeriia Saifulina e Varvara Zubova terão que trabalhar mais um pouco.
Angelina Simakova
O que dizer dessa ginasta? Simakova já está pronta para competições e medalhas em 2018. O único caminho que falta é coloca-la para competir o máximo possível para conseguir e experiência e chegar em Doha acertando mais ainda suas séries. No solo, tem um artístico belíssimo e boas acrobacias, contando com a sequência de dupla e meia + pirueta e uma excelente tripla. Segue a mesma ideia na trave, com uma série dinâmica e uma ótima sequência de flic + dois layouts. Nas assimétricas não possui problemas de angulações nos trocos e lançamentos à parada, cravando praticamente todos de sua série que é curta, tem poucos descontos e já parte de 5,6. Para finalizar, conta com um rudi (reversão com pirueta e meia) espetacular no salto. Resumindo, Simakova é uma ginasta excelente de se assistir: segura, limpa, artística e forte.
Aleksandra Shchekoldina
Com muito potencial a ser explorado, Aleksandra Shchekoldina chega à categoria adulta. A ginasta é bem potente de pernas, fato que, com certeza, é um diferencial para ela por ser russa. No solo, apresenta acrobacias muito difíceis, como o duplo com dupla grupado que abre sua série e a tripla pirueta de costas que fecha. No salto, apresenta um yurchenko com dupla que sobra e pode evoluir para um amanar. Nas assimétricas e trave, apesar de já possuir séries com bom valor de dificuldade, ainda comete erros bobos, mas que, se fixados, podem coloca-la como uma das próximas “all-arounders” russas de sucesso nesse ciclo.
Saifulina foi uma das juvenis que mais competiu pela Rússia no ano passado, mas
sempre cometendo grandes erros. Dessa forma, a inconstância será sua principal
adversária esse ano. Possui séries boas em todos os aparelhos, podendo ser uma carta
na manga da equipe russa, mas precisa aumentar o grau de acertos de suas
séries. Já apresentou um yurchenko com dupla no salto; série de assimétricas
com nota de partida 5,6 – apesar de erros grandes de abertura de pernas; sequências
difíceis na trave, como a rondada + mortal esticado e a entrada de mortal pra frente;
solo bem artístico e bom boas acrobacias, mesmo com aterrisagens um pouco
pesadas. Se quiser continuar integrando a equipe adulta assim como integrou a
juvenil, precisa trabalhar em formas de cravar suas séries, para não terminar
como uma daquelas ginastas russas cheias de potencial mas que nunca conseguiu
seu lugar ao sol.
Varvara Zubova
Talvez a mais conhecida de todos, Zubova encantava desde muito novinha. Pequena
e bem fortinha, tinha séries fortes e impressionantes desde uns 12 anos de
idade. Chega agora à categoria adulta como uma das principais promessas da
Rússia. Entretanto, no fim do ano passado, aparentemente seu rendimento caiu um
pouco. Na Voronin Cup, com um corpo diferente e um pouco pesada, deu a
impressão de que a puberdade chegou, época mais temida na vida das ginastas e
treinadores. Apesar disso, Zubova é uma excelente ginasta, principalmente na
trave, seu melhor aparelho: flic + dois layouts; reversão + mortal; saída de
ronda + flic + duplo carpado. Sua série de barras assimétricas e solo provavelmente
ainda não atingiram o ápice, apesar de já contar com uma saída de tsukahara
estendido no primeiro aparelho e uma entrada belíssima de tripla no segundo. O salto
é seu ponto fraco, talvez por sua baixa estatura, e apresentou no fim do ano apenas
uma reversão + mortal grupado com meia volta.
Post de Cedrick Willian
Foto: FloGymnastics