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25 de fevereiro de 2016
ITÁLIA
Desiree Carofíglio
Talvez a maior surpresa da base italiana nos últimos anos, Desiree Carofiglio chega à categoria adulta como possível integrante da seleção que competirá internacionalmente nos próximos meses. A Itália teve o auge de sua renovação no ciclo em 2014, quando um grupo numeroso de meninas passou a fortalecer a equipe, que há anos se mantém entre as 8 melhores do mundo. Entretanto, nos anos seguintes, o nível e a quantidade de ginastas juvenis do país tiveram uma queda considerável, e apenas Carofiglio e Sofia Busato estreiam como seniores no ano olímpico com alguma chance de chegar a disputar os Jogos do Rio. Desiree é uma atleta forte fisicamente e versátil, tendo nas barras (Ricna + Pak, Stalder 1/1, Maloney + shootover, duplo frontal) e no solo (duplos carpado e grupado pra frente) seus pontos fortes, além de ser bastante eficiente no salto (Yurchenko com pirueta e meia). Afastada das grandes competições desde o Europeu de Sofia, na Bulgária, esteve presente na temporada passada em eventos sub 15 de pouca repercussão, além de participações discretas em etapas da série A italiana.
Vanessa Ferrari
Lesionada às vésperas do Mundial de Glasgow, teve uma participação discreta apenas nas classificatórias, onde suas notas realmente eram necessárias. Competindo apenas para ajudar a equipe e sem nenhuma intenção de final ou medalhas, teve suas notas contadas nos 4 aparelhos. Desde quando foi campeã mundial em 2006, ano em que integrou a equipe adulta, se manteve na equipe durante todos esses anos entre as ginastas principais, sendo por vezes a única chance de medalha individual da Itália. Foi finalista olímpica no solo em 2012 e, além do ouro obtido no Mundial de 2006, conseguiu algumas outras medalhas individuais em Mundiais. Atualmente trabalhando em sua recuperação completa, tanto física quanto relacionada às séries e exercícios, espera-se que Ferrari chegue em sua 3ª Olimpíada com chances de medalhas mais uma vez, além de ser completamente necessária para que a Itália possa ter mais uma chance de competir em uma final olímpica por equipes. Confira abaixo uma das melhores séries de solo de Ferrari no ano passado.
Carlotta Ferlito
Finalista de trave no Mundial de 2013, passou a maior parte de 2014 afastada por problemas de saúde (febre glandular) e lesões. Nesse ano competiu apenas na American Cup e na Golden League para ajudar sua equipe. Retornou em 2015 talvez numa das melhores fases da sua carreira: em março, competiu no Trofeo Cittá di Jesolo e ficou com o bronze na trave. Mais tarde, no Campeonato Europeu, Ficou em 13º no individual geral e por pouquíssimo não entrou na final de trave, sendo a primeira reserva do aparelho. No Mundial mostrou grande potencial: apresentou upgrades nas suas séries e esteve muito segura em todos os aparelhos, sendo a melhor trave da Itália. Competiu perfeitamente na final por equipes, pontuando acima de 14 nos três aparelhos que se apresentou: salto, trave e solo. Pelo critério de desempate, acabou fora da desastrosa final de trave, onde facilmente poderia ter saído com uma medalha. Teve a 3ª melhor nota nesse aparelho na final do individual geral, pontuando 14.441. Depois de um Mundial muito seguro e com uma melhora crescente nesse ciclo, sem dúvidas Ferlito será uma das forças que irá compor a equipe italiana nos Jogos do Rio.
Erika Fasana
Talvez a ginasta mais potente da equipe, foi finalista de solo no Mundial de 2014 e teve um ótimo ano em 2015. Começou o sucesso na American Cup, quando terminou em 3º lugar no individual geral e apresentou grande melhora nas barras assimétricas. Em Jesolo, terminou em 2º na final de solo, pontuando 14.900 e ficando atrás apenas de Simone Biles. Chegou ao Muundial de Glasgow muito bem e, nas classificatórias, pontuou a única nota acima de 15 da Itália, um 15.058 para seu yurchenko com dupla pirueta no salto. Ainda teve um 13.766 nas assimétricas e com 14.466 se classificou para a final de solo, sendo a única italiana a se classificar para as finais por aparelhos. Entretanto, durante o aquecimento para a final por equipes, sofreu uma lesão no cotovelo e não competiu barras assimétricas, mas contribuiu com um 14.800 no salto e um 14.500 no solo. Para a final de solo a ginasta foi poupada e não competiu, o que acabou sendo uma sábia decisão: preservar a saúde de uma ginasta que provavelmente contribuirá com as melhores notas para a equipe esse ano, além de representar o país em uma final olímpica.
Elisa Meneghini
Martina Rizelli
Post de Cedrick Willian, Stephan Nogueira e Bernardo Abdo
Esse é o sétimo texto de 2016 da série ” O que a ginástica reserva”. Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.
Foto: Divulgação