CANADÁ
Surpreendendo desde as Olimpíadas de Londres, quando não só se classificaram para a final por equipes como terminaram em 5º lugar, a equipe canadense vem mais forte ainda esse ano do que a que competiu sem sua principal ginasta – na época, Peng Peng Lee – em 2012. Com uma campeã pan-americana na equipe e classificada diretamente do Mundial de Glasgow para as Olimpíadas, o Canadá tem tudo para surpreender novamente.
Rose-Kaying Woo
Campeã juvenil no individual geral, barras assimétricas e solo em 2014, competiu o nacional de 2015 entre as adultas, quando sagrou-se campeã canadense no individual geral. Além disso, teve a segunda melhor nota na trave (14.300) e a terceira melhor nas assimétricas (13.600). Esse ano Rose entra para a categoria adulta e já competiu o Elite Canada 2016 no começo desse mês, quando finalizou em 4º lugar. Seu ponto fraco é o salto, onde apresenta apenas um yurchenko com pirueta, e o ponto forte é a trave, onde já conseguiu 5.9 de nota D. Ao contrário de sua irmã Victoria-Kayen Woo, que também é ginasta da seleção canadense, Rose tem grandes chances de fazer parte da equipe olímpica esse ano.
Megan Roberts
Roberts é, ao lado de Rose, a maior revelação juvenil do Canadá para esse ano, tendo, inclusive, mais chances de integrar a equipe olímpica. No nacional juvenil do ano passado, foi campeã individual geral e em todos os aparelhos exceto trave, onde ficou com o bronze. Esse ano foi prata no individual geral do Elite Canada e ainda conseguiu o bronze no solo. A ginasta conta com um belíssimo yurchenko com dupla pirueta com potencial para amanar, salto que a ginasta já treinou. Tem ótimas combinações nas assimétricas, como um ray + pak e um giro de sola com pirueta + maloney. A trave é seu ponto fraco e onde não possui grandes dificuldades, mesmo já tendo incluído uma saída de patterson no ano passado. O solo é regular, com boas acrobacias (incluindo duplo twist carpado) e saltos de dança que precisam de mais amplitude para menos descontos.
Shallon Olsen
Entre as estreantes talvez seja a que menos tenha chances de integrar a equipe olímpica. Isso porque não possui a quantidade de acertos necessária para contar com boas notas, apesar possuir boas notas D’s e grandes exercícios. No Elite Canda, por exemplo, executou um duplo com dupla grupado no solo, exercício muito difícil e de altíssimo valor de dificuldade mas, mesmo assim, uma série fraca e sem ritmo, assim como na trave e na paralela. O único ponto a seu favor na equipe é o salto: atualmente, tem o melhor salto da equipe, um ótimo yurchenko com dupla. O potencial para um amanar é enorme e, se executá-lo, suas chances de estar na equipe também é grande.
Ellie Black
Campeã pan-americana por equipes, trave e solo, e ainda bronze no salto e prata por equipes, foi a ginasta mais condecorada e de maior sucesso na competição. Para fechar o ano com sucesso, auxiliou a equipe na conquista da vaga olímpica e se classificou para a final de trave no Mundial de Glasgow. Faziam anos que o Canadá não possuía uma ginasta com tanto sucesso e resultados! Atualmente, Black está com uma série nova de barras assimétricas, seu aparelho mais fraco, que conta com novas combinações e elementos além de ser uma série curta e que abre espaço para poucos descontos. Ela também vem treinando o duplo com dupla no solo para aumentar a nota D da sua série, que tem sequências acrobáticas muito originais. A não ser que aconteça alguma tragédia, com certeza fará parte da equipe olímpica que vem para o Brasil em agosto.
Isabela Onyshko
Brittany Rogers
Christine Peng Lee
Mais conhecida como Peng Peng Lee, é uma daquelas que tem talento e poderia ter conquistado muitos resultados importantes em sua carreira, mas nunca teve a sorte a seu favor. A falta de sorte a acompanha desde que entrou pra categoria adulta, em 2009. Ainda em 2008, devido a um diagnóstico de grave problema em uma das vértebras lombares, Christine quase desistiu do esporte. Por isso, foi obrigada a ficar um tempo afastada da ginástica durante dois anos. Voltou a se lesionar seriamente em 2012 (dois meses antes das Olimpíadas), dessa vez no joelho, com uma ruptura completa do ligamento cruzado anterior. Voltou a sentir dores no mesmo joelho em 2014, precisando passar por uma nova cirurgia. Nessa época, estava começando a conciliar a sua carreira universitária com a de elite sendo que o topo da sua forma como ginasta aconteceu em 2012. A melhor competição de sua vida continua sendo o Pacific Rim Championships, onde ela levou 3 medalhas individuais. Peng realizou uma limpíssima série de barras de 5.7 (5.6 no atual código), terminando em 4º na final com 14.600. Na trave, Christine fez a sua ‘série da vida’, apresentando dois elementos F’s: uma pirueta grupada e um mortal para frente com meia volta, em uma série que rende 6.400 de dificuldade nos dois últimos códigos (e um 15.300 de nota final na ocasião). No solo, mostrou uma limpíssima apresentação, com uma sequência de pirueta e meia ao passo + duplo twist grupado, além de um belo duplo esticado. A série tinha (e ainda tem) uma nota de 5.900 em potencial, mas pela facilidade com que era executada, poderia ter sido dificultada para os Jogos de Londres (a terceira diagonal era apenas uma dupla pirueta). Foi bronze no individual geral com 57.800, resultado obtido com um salto extremamente simples, um yurchenko com uma pirueta sendo que já fazia a dupla. Com a boa fase ue se encontra na carreira universitária e com as lesões dando uma trégua, a ginasta poderia ter uma vaga mais que certa na equipe para os Jogos do Rio, não acham?
Agenda começa em maio com a ginástica de trampolim e encerra em novembro com a…
Com duas medalhas olímpicas no peito, ginasta escolhe se aposentar aos 34 anos Crédito: Um…