Confederação Brasileira de Ginástica contempla Amazonas com polo da Região Norte
Cumprindo os últimos dias como presidente da Federação Amazonense de
Ginástica (FAG), a roraimense Verônica Martins assumirá a
vice-presidência da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) em
fevereiro de 2013, depois de soerguer a modalidade no Estado.
Com
o trabalho notável, que lhe rendeu o novo cargo, a dirigente minimizou a
dificuldade financeira ao esporte e destacou a revelação de atletas na
década em que reativou a FAG jurídica e operacionalmente, além da ajuda
prestada à CBG para a criação de federações nos Estados do Norte.
“Todas
as federações do Estado têm o problema da falta de dinheiro, pois não
têm receita e sobrevivem das taxas de inscrições para competições.
Cheguei à FAG em 2002 e ela estava acéfala. Em breve o Amazonas será
contemplado com o polo de treinamento na Região Norte pela CBG, que será
construído na Vila Olímpica de Manaus, onde hoje existe a pista de
skate”, resumiu Martins.
A dirigente afirmou que em 2002 a FAG
estava com pendência de cinco anos na declaração de Imposto de Renda e
acumulava dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “O
cenário era de desânimo e apenas duas treinadoras mantinham as
atividades da ginástica”, lembrou. Já o centro de referência do Norte
será construído com dinheiro do Ministério do Esporte e será batizado
com o nome da ginasta amazonense Bianca Maia.
Apesar de superados os desafios, Martins ressaltou
que também se deparou com situações desestimuladoras desde 2002. “A
única menina que tinha futuro era a Bianca Maia e concentramos os
investimentos e energia no desenvolvimento e crescimento dela.
Miza
Silva também era uma aposta, mas dois meses depois de voltar da
Bulgária (com Bianca) desistiu da ginástica. Foi triste, pois nos
esforçamos bastante para conseguir o intercâmbio junto ao governo do
Estado. Este foi um ponto negativo que marcou durante estes dez anos”,
citou a dirigente.
Além de competições locais e nacionais, outra
conquista da FAG neste período foi a obtenção de aparelhos oficiais para
treinos. “Em 2007 conseguimos a implantação do Centro de excelência
Caixa de Ginástica no Estado, que deu uma guinada no esporte”, ressaltou
Martins. Agora, o desafio da dirigente é trabalhar com as seleções do
Brasil para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. “Vou assessorar a
presidente (Luciene Resende) e substituí-la quando se ausentar”, citou.
Associação para cobrar políticas
Sem
voz nos conselhos municipal e estadual de esportes, as federações do
Estado consolidarão a formação de um grupo com a intenção de pressionar o
poder público para estabelecer políticas públicas voltadas ao esporte.
Segundo Martins, a fundação da associação ocorre nesta segunda-feira.
“A
falta de política de esporte é a dificuldade de todas as federações.
Por isso, será fundada a Associação das Federações de Desportos
Olímpicos, para que possamos ter representatividade no Conselho Estadual
de Esporte e pedir projetos na área de desenvolvimento do esporte local
com o intuito de incentivar a criação de políticas públicas”, disse.
A
dirigente da FAG justificou a criação da associação e a necessidade de
envolvimento contínuo do Estado com o exemplo dos principais polos de
ginástica do País. “Em locais como o Espírito Santo e Santa Catarina,
referências na ginástica brasileira, que têm políticas de esporte, as
federações e os governos estão debatendo orçamentos para o próximo ano
neste mês e nós não temos isso no Amazonas”, exemplificou.
Com
finalidade semelhante, o Estado possui a Associação das Federações e
Confederações Olímpicas Desportivas do Amazonas (ADA), fundada há mais
de sete anos. Porém, o Estado continua com a preferência de destinar
dinheiro a projetos sociais de cunho esportivo. Depois de eleito, o
futuro prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, prometeu criar
diretrizes para o esporte local.
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