A ginasta Jade Barbosa quebrou o silêncio nesta terça-feira para
fazer um último apelo à Confederação Brasileira de Ginástica (CBG),
pedindo para estar na seleção brasileira de ginástica artística que vai
aos Jogos Olímpicos de Londres. Ela convocou entrevista no Flamengo,
chorou, mas não explicou os motivos que a levaram a se recusar a assinar
o termo de compromisso obrigatório para todo atleta olímpico.
O
mesmo problema contratual fez ela não participar de nenhuma competição
importante no ano com a seleção brasileira, exceção ao Pré-Olímpico. E,
sem ter assinado o contrato, ela não atendeu à convocação feita na
semana passada. Depois, mudou de ideia, entregou o documento à CBG, mas
seguiu fora da equipe.
“Eu li o contrato e não concordei com
algumas cláusulas. Depois disso eu tentei negociar com a confederação
sobre o contrato, sem problemas. Domingo à noite eu recebi um e-mail da
CBG falando que se eu não estivesse com o contrato assinado eu não
poderia comparecer ao treinamento da seleção. Bom, eu continuei tentando
conversar sobre o contrato, ao longo disso tudo, eu não pude participar
de nenhuma competição”, disse a ginasta.
Nem Jade nem a CBG
falam abertamente no que divergem quanto ao contrato. É fato que ela
teria que usar uniformes com estampa do banco que patrocina a seleção e
que é concorrente do seu patrocinador pessoal.
“Eu resolvi
assinar esse contrato porque foi muito investimento, muito trabalho em
muitos anos que poderiam acabar não acontecendo por cláusulas, pela
parte burocrática. Eu cedi em vários momentos, estou aqui à disposição
porque é um sonho. E eu quero muito essa oportunidade, é um sonho que eu
tenho certeza que eu estou preparada, eu trabalhei muito para isso. Eu
queria mesmo fazer parte desse time que vai para Londres”, disse Jade,
já chorando.
Ela entretanto, tem pouco tempo para comover a CBG.
Nove atletas treinam no Rio e, já nesta quarta-feira de manhã, será
divulgada a lista de sete ginastas que vão a Londres para o período de
aclimatação. Depois, cinco estarão na Olimpíada.
“A esperança é a
última que morre, eu estou pedindo de verdade, de coração, realmente é
um sonho meu, era uma meta minha. Eu posso ter errado em alguma coisa,
mas nunca tive a intenção de constranger a confederação. Mas eu fui até
onde eu podia, quando eu vi que eu era fraca demais para isso
reavaliamos e vimos o que podia ser feito. Em nenhum momento eu neguei
usar o uniforme da seleção. Eu quero usar a minha bandeira, eu quero
estar com o Brasil”, encerrou a ginasta.
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