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Depois de cinco anos afastada, Georgette Vidor está de volta à seleção feminina de ginástica. No entanto, a técnica que descobriu Daniele Hypólito e Jade Barbosa terá um novo desafio pela frente. Ela foi convidada por Maria Luciene Resende, a nova presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), para assumir a coordenação da equipe verde e amarela.
Apesar de acreditar em uma gestão com mais diálogo entre atletas e a confederação para o próximo ciclo olímpico, Georgette reconhece que promover a conciliação após as duras críticas de Jade Barbosa a CBG será uma das missões mais difíceis para a nova administração.
– Não adianta fingir que a Jade não falou nada. Ela não falou contra pessoas, falou contra a instituição. Acredito que podemos ter mais diálogo, mas não vai ser só amor. Mas é claro que, no momento em que se muda a direção, existem mudanças. Esse problema é o mais complicado – analisou.
No entanto, Georgette não quer saber da briga entre a ginasta e a confederação. A futura dirigente está mais preocupada em traçar um plano estratégico para a seleção e pensar em eventuais substitutas para as maiores estrelas da equipe.
– Ninguém pode esquecer que Daiane, Laís e Daniele não são mais as mesmas, e ainda tem a Jade machucada. Elas são finalistas olímpicas e mundiais, e não serão substituídas facilmente se não puderem defender a seleção.
Embora evite falar dos planos para o novo cargo até assumir a função, o que deverá acontecer após a posse de Maria Luciene, no dia 13 de fevereiro, Georgette reconhece que tem muitos pontos em comum a dirigente, que pretende promover a ucraniana Irina Ilyashenko, ex-assistente de Oleg Ostapenko, ao cargo de técnica principal da seleção.
– Quero ouvir muita gente, saber quais são as demandas, os acertos, para fazer um projeto vitorioso e manter o patamar de sucesso da ginástica brasileira – afirmou a técnica, que irá a Curitiba (sede da atual administração da CBG) no sábado para discutir os planos para o futuro.
De uma coisa, porém, ela tem certeza. Apesar das dificuldades, encontrará um cenário bem mais favorável para trabalhar do que teve em 14 anos como técnica da equipe feminina.
– Agora, é muito mais fácil do que em toda a minha vida como técnica. Temos dinheiro, locais de concentração, programa de competição já definido, com verba garantida… Eu me sinto no país das maravilhas – brincou.
Fonte:Gymblog Brasil