Fascínio Quádruplo

1. Talento nato


Acompanhar o desenvolvimento dos ginastas a cada competição ao longo de suas carreiras é uma das coisas que mais atraentes aos fãs deste esporte. Ao mesmo tempo que é prazeroso ver a evolução de um ginasta, é igualmente prazeroso ver um jovem além do seu tempo. Com apenas 17 anos, este jovem japonês apresentou a série mais complexa que o esporte já viu, e nada além de seu talento nato pode explicar tal maturidade no pódio de competição. Todos os elementos e combinações foram apresentados com total controle, sem nunca deixar dúvidas de que poderia completá-los.

2. Altas rotações


A velocidade em que Shirai consegue executar suas piruetas é impressionante. Ele gira 19 vezes e meia em torno do próprio eixo ao longo de sua série. Sem dúvida é fruto de muito treino e uma excelente técnica. Uma técnica que nos dá a impressão de deixá-lo suspenso no ar por mais tempo que qualquer outro ginasta.

3. A Personaliade de um campeão


O público sempre se identifica mais facilmente com os atletas que demonstram emoção. O sorriso de Shirai ao final da série fez com que o seu entusiasmo nos fizesse torcer por ele, como aquele mocinho do filme que vai rumo àquela competição mais difícil e surpreende a todos ao sair vitorioso. O sentimento de “Ele merece!” é inevitável até aos críticos de suas acrobacias serem “apenas” piruetas.

4. Dificuldade? Sim. E a execução?
Também.


Nada mais normal do que um ginasta querer aumentar a sua nota de partida o quanto puder, porém o que normalmente acontece é que a execução fica em segundo plano. Shirai novamente supreende pelo equilíbrio que conseguiu entre uma série que parte de um histórico 7.4 com uma execução que o deixou com 0.633 de vantagem para o segundo colocado. E o mais impressionante é que essa nota ainda pode ser maior se ele conseguir eliminar os pequeníssimos titubeios.

Senhoras e senhores, com vocês, o ginasta que já entrou pra história, Shirai Kenzo.