Sérgio Sasaki acaba de fazer história para a ginástica brasileira. O ginasta acabou de conquistar, com 88,965, a 10ª posição na final do individual geral dos Jogos de Londres. A fato de estar na final já foi histórico. Entretanto, Sasaki quis ir além! Apesar de não ter conseguido repetir a pontuação obtida na classificatória (89,132), Sasaki subiu uma posição na final.
Todos sabem que Sasaki sofreu com muitas lesões no ano passado, tendo até que passar por uma cirurgia. Eu até estava no Flamengo no dia da decisão do “opera ou não opera”, onde COB, clube, treinador e atleta, se reuniram para decidir o que era melhor pra ele, já que tanto a cirurgia quanto a lesão poderiam atrapalhar Sasaki nesse desempenho de hoje. Foi decidido por operar. Sasaki ele se recuperou a tempo e fez jus a melhor escolha que a Confederação Brasileira de Ginástica poderia ter feito com relação a vaga conquistada pela equipe.
O melhor de tudo é saber que o resultado de Sasaki ainda pode ser melhorado, e melhorado por ele mesmo. A cirurgia foi uma escolha sábia, mas atrasou um pouco os treinos de solo e salto. Sasaki tem séries mais fortes nesses dois aparelhos, e já executou alguns exercícios mais difíceis na paralela e na barra fixa. Sasaki poderia até ter entrado na final de salto nessa Olimpíada, executando um segundo salto com nota final de 15,800, o que não seria difícil para ele. Falta pouco pro Brasil ter uma medalha Mundial nesse aparelho…
O mais interessante de vê-lo competir hoje, foi a seriedade demonstrada durante a competição. Sasaki não comemorou demais nem de menos: ele estava ali pra fazer as séries dele e ponto. E, dessa forma, ele terminou a competição como começou: desempenhando o seu papel brilhantemente e fazendo história pro Brasil.
Deixando o Brasil um pouco de lado, o japonês Kohei Uchimura foi o campeão, mais uma vez. Desde Pequim, quando foi prata no individual geral, Uchimura não saiu mais do pódio. Foi ouro em 2009, 2010, 2011 e, agora, 2012. E isso com uma queda no solo! Uchimura é tão bom que a nota final dele daria direito a mais duas quedas durante a competição. Ele é o ginasta a ser batido e essa é uma competição a parte. Enquanto isso não acontece, cerca de 8 bons ginastas do restante do mundo bringam pela prata!
E o felizardo de hoje foi o alemão Marcel Nguyen! Bastante consistente durante toda a competição, ele marcou seu nome nessa competição, como os alemães Fabian Hambuechen e Philipp Boy já fizeram. Boy não competiu dessa vez e Hambuechen, que havia se classificado em 3º, terminou em 15º.
O bronze ficou com Danell Leyva, ginasta que se tivesse se apresentado melhor no cavalo com alças, teria ficado com a prata. Mas regularidade e precisão são as qualidades que regem uma final do nível que foi essa!
A Ucrânia terminou com mais um 4º lugar. Nikolai Kuksenkov somou 90,432 e passou muito perto do bronze. Vou torcer muito para que essa equipe maravilhosa saia das finais por aparelhos com alguma medalha. Eles sobrevivem muito bem nessa má fase da ginástica ucraniana, apresentando sempre ginastas de nível. Coisa que o feminino não consegue fazer mais…
Emim Garibov, John Orozco, Daniel Purvis e Kazuhito Tanaka cometeram erros que poderiam tê-los levado ao pódio. David Belyavskiy e Kristian Thomas acertaram as séries mas, mesmo assim, não foi o suficiente.
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