Depois das romenas, agora é a vez das brasileiras começarem a usar protetores palmares nos treinos de paralelas assimétricas. Aliás, as brasileiras talvez tenham começado a usar antes das romenas. A história começou assim…
No fim de 2011, Nilson Savage veio com a Jessica Lopez treinar um tempinho no Flamengo. Todos viram a evolução notável da Jessica na paralela, e até lembro do Ricardo Pereira comentar que ela repetia a série e os exercícios várias vezes, sem reclamar. E quando sua ginasta começa a reclamar de dor na mão durante o treino…desculpa o termo, mas é um saco! Quem é/foi treinador sabe do que estou falando.
Na época, surgiram rumores de que Georgette Vidor começaria a exigir o uso de protetores palmares nos campeonatos das categorias de base. Isso ainda não aconteceu mas, antes que isso venha a acontecer, alguns clubes começaram a fazer uso dos protetores. Barueri e Flamengo estão entre eles.
Usar protetor nunca foi problema para a ginástica artística masculina. Desde sempre, todos usam! Raríssimas exceções de homens que preferem não usar os protetores nas séries de barra fixa. Já no feminino, existe a cultura do não uso dos protetores, e isso desde a iniciação na ginástica. Os barrotes das paralelas assimétricas possuem a circunferência bem maior que a circunferência da barra fixa, e a mãozinha de uma ginasta de 6 anos é muito pequena para “abraçar” o barrote. Resultado: as ginastas já começam e se adaptam aos exercícios básicos na paralela sem protetor! E isso continua até a categoria adulta.
Uma adaptação sempre é difícil, mas ela não dura tanto tempo. O interessante é fazer isso nas categorias de base, quando o técnico ainda tem um certo “poder” sobre a ginasta. Imagino que seria impossível uma regra que exigisse o uso na categoria adulta aqui no Brasil. Duvido que algumas ginastas que hoje estão na seleção iriam ceder ao uso obrigatório dos protetores…Apesar disso, as ginastas adultas do Flamengo, como Jade Barbosa, andaram treinando com os protetores.
A boa notícia é que grande parte das juvenis já estão usando! Ginastas como Rebeca Andrade e Daniela Santana já estão 100% adaptadas aos protetores. O protetor diminui a dor nas mãos, as lesões, as reclamações e aumenta o rendimento do treino. Fora as romenas, que começaram a usar agora, não me lembro de outro país que se apresente nas paralelas sem os protetores, mesmo que seja uma simples faixa, como fazem as chinesas. Vamos ficar de olho nas séries e nas mãos das ginastas do Brasil durante esse ano. Acredito que o resultado será positivo, o que tornaria uma medida futura de Georgette completamente aceitável.
Agenda começa em maio com a ginástica de trampolim e encerra em novembro com a…
Com duas medalhas olímpicas no peito, ginasta escolhe se aposentar aos 34 anos Crédito: Um…