No 1º dia da ginástica artística nos Jogos Sul-Americanos 2014, aconteceram ao mesmo tempo as classificatórias para as finais por aparelhos femininas, a final por equipes feminina e a final individual geral feminina. A equipe do Brasil ganhou com folga a competição por equipes e individual geral, se classificou para todas as finais e continuou tendo problemas em nosso pior aparelho: a paralela.
O Brasil começou sua competição no solo, onde Daniele Hypólito e Jade Barbosa fizeram bem o seu trabalho. A ginasta Lorrane dos Santos, que compete em seu primeiro ano adulto, começou bem a série com uma sequência de duplo twist grupado + mortal pra frente (0.2 de bonificação), mas o restante da série não acompanhou o nível de dificuldade da primeira linha acrobática: Lorrane apresentou saltos de dança de valor B e uma diagonal de valor C.
O salto, como de costume, foi o melhor aparelho das brasileiras, que apresentaram um yurchenko com dupla pirueta (Jade), dois yurchenkos com pirueta e meia (Daniele e Isabelle Retamiro) e um yurchenko com pirueta (Julie Kim). Com duas notas acima de 14 pontos (14.750 da Jade e 14.200 da Daniele), a equipe fechou o aparelho na primeira colocação, o que não aconteceu na paralela.
Na paralela, o Brasil não teve nenhuma nota acima de 13. No mês passado, em um campeonato nos Estados Unidos, uma luz no fim do túnel apareceu com a ginasta Rebeca Andrade, que tirou 14.100 nesse aparelho. Era esperado uma melhora geral que ainda não foi vista: 12.650, 12.550, 12.450, 12.400 e 11.200 foram as notas finais na paralela, que deixaram a equipe em 3º lugar nesse aparelho.
A trave teve seu ponto alto com Jade, que pontuou 14.250, a segunda maior nota de toda a competição. Julie Kim veio logo atrás, com 13.600, seguida de Juliana Santos, com 13.100. Daniele fez uma série difícil, com nota D 5.9, mas acabou tendo problemas e terminando com a nota final 12.900.
No fim as brasileiras ficaram com o ouro por equipes, ouro no individual geral com Jade Barbosa e bronze no individual geral com Julie Kim. Jade se classificou para todas as finais, acompanhada de Isabelle Retamiro no salto e na paralela, Julie Kim na trave e Daniele Hypólito no solo. Juliana Santos e Lorrane dos Santos não se classificaram para as finais, que pelas regras só pode ter duas ginastas por país brigando por medalhas.
Quando se analisa os resultados femininos de qualquer campeonato na América do Sul, não há muito o que falar além da equipe do Brasil, que é a maior potência do esporte no continente. Mas dessa vez algumas apresentações devem ser levadas em consideração.
A equipe do Chile apresentou uma melhora. O fato da competição ter sido em casa pode ser um bom motivo para que isso tenha acontecido. As chilenas conseguiram passar a equipe da Argentina, que normalmente fica com a prata, mas que dessa vez estavam sem seu principal nome, a ginasta Valeria Pereyra, que parece estar com uma lesão no ombro.
No salto sobre a mesa, as chilenas apresentaram yurchenkos e tsukaharas com pirueta, saltos de nível médio que não são muito efetivos em competições internacionais, mas que nessa competição foi quase suficiente para ficarem em primeiro lugar nesse aparelho (0.050 atrás do Brasil). Na paralela fizeram séries simples e limpas, que acabaram por deixar a equipe em primeiro lugar nesse aparelho. Na trave não foram bem, mas no solo não tiraram nenhuma nota abaixo de 13 pontos, o que é muito significativo para a equipe.
As colombianas tiveram seu auge com a ginasta Bibiana Velez, que se classificou em primeiro para a final de paralela com nota D 5.5 e nota final 13.300. O Peru teve o seu com a ginasta Mariana Chiarella, que com a nota 13.500 se classificou para a final de solo em terceiro. A equipe da Venezuela não participou da competição, mas seria muito bem representada pela ginasta Jessica Lopez.
Confira os resultados completos!
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