Jake Dalton e Katelyn Ohashi são os campeões da American Cup 2013. Toda a competição, tanto no masculino como no feminino, foi muito boa para um começo de temporada. Os ginastas tentaram, principalmente no masculino, adicionar sequências e exercícios novos. Achei a competição muito boa de se ver.
Masculino
Sérgio Sasaki, nosso representante brasileiro, ficou fora do pódio. Sasaki teve 4 quedas: duas no solo, onde ele apresentou os maiores upgrades, uma no salto, onde ele voltou a apresentar o dragulesco, e uma na barra fixa. Se você somar os 4 pontos à nota final dele, você pode conferir que ele teria terminado a competição em terceiro lugar, a menos de 2 décimos do segundo colocado! Acredito que Sasaki fora do pódio apenas significa que ele ainda não está pronto. Vejo muito potencial nas séries! Daqui uns 3 meses elas estarão bem melhores e prontas para colocarem Sasaki de volta à conquista por medalhas.
Jake Dalton mostrou o favoritismo na competição, já que acabou de chegar do ouro conquistado na Winter Cup no mês passado. Ele apresentou uma série de solo digna de medalhista mundial e um excelente tsukahara com tripla pirueta no salto. Precisa melhorar a série de cavalo com alças, que ainda e muito fraca. Se Jake Dalton será um nome forte para o individual geral do Mundial desse ano? Ainda é muito cedo para saber.
Oleg Verniaiev foi o principal concorrente de Dalton. E estava indo muito bem! As coisas se complicaram depois de uma apresentação bem ruim, mas sem quedas, na paralela. Entretanto, conseguiu passar pela barra fixa (com pequenos erros) e terminar na segunda colocação, pouquíssimos décimos à frente de Marcel Nguyen.
Marcel Nguyen segurou bem todas as séries em todos os aparelhos, exceto no cavalo com alças, onde tirou 13,066, e no solo, onde fez uma série com nota de dificuldade um pouco baixa mas muito bem executada. A soma de todos os aparelhos foi suficiente para deixar Marcel no pódio, em terceiro lugar.
Danell Leyva fez uma competição decepcionante. A paralela, onde ele é campeão mundial, foi muito ruim. E acabou refugando a última passada do solo, de duplo esticado, onde ele sempre tem dificuldade… Fico por entender porque ainda insiste nesse exercício para o fim da série… A série de barra fixa também foi ruim.
Jorge Giraldo não teve uma boa competição, mas passou muito bem pela paralela. Hiroki Ishikawa, cara nova da equipe japonesa, competiu com séries simples, mas muito bem executadas. Kristian Thomas abriu a competição muito bem no solo, com 15,400, mas o nível das apresentações nos outros aparelhos ficaram bem distantes.
Feminino
Como eu havia previsto, a competição ficou acirrada entre as duas americanas, Katelyn Ohashi e Simone Biles, que terminaram em 1º e 2º lugar respectivamente.
Até a metade da competição, apesar de prever que Ohashi seria a campeã, acreditei que Biles iria vencer. Ela teve a melhor nota de salto e paralela. Mas na trave teve uma queda e vários desequilíbrios, apesar de mostrar bastante potencial. No solo teve problemas em todas as chegadas; me lembrou muito a Daiane dos Santos. Não fosse os erros de Biles, Ohashi não teria terminado na primeira colocação.
Ohashi partiu de 6,8 na trave, e isso sem acertar todas as ligações. Mostrou muito potencial de evolução nas assimétricas. O salto, como uma tradicional ginasta do clube WOGA, pra mim foi normal, sem potencial para evoluções. Provavelmente ela nunca apresentará um outro salto mais difícil que o apresentado: um yurchencko com dupla pirueta.
Victoria Moors completou o pódio da primeira competição oficial do ano! Foi ótima no solo e no salto (1º e 2º lugar), passou bem pela paralela e trave. Sua nota mais baixa foi 13,566 na paralela. Moors deve liderar as próximas equipes canadenses nas competições desse ciclo. A série nova de solo está muito bonita! Provavelmente será um nome forte nas finais desse aparelho.
Elizabeth Seitz fez uma boa competição, acertando a série de paralela e fazendo um bom salto (DTY). Passou bem no solo e trave, e ficou com o merecido quarto lugar. Seitz não tem potencial para ser uma medalhista no individual geral, mas pode estar figurando entre as 10 primeias colocadas nas competições internacionais que estão por vir.
Vanessa Ferrari teve um nota muito boa no solo: 14,466, onde teve a maior nota D, de 6,1. Entrentanto, de acordo com as séries que ela apresentou, achei as notas bem infladas no salto e na paralela.
Gabriele Jupp me deixou surpreso! Chegou no primeiro ano da categoria adulta dando o seu recado. Ela tem um potencial excelente em todos os aparelhos, e pode evoluir muito ainda. Muito boa de paralela e trave! Com certeza será peça chave para a equipe britânica nesse ciclo, podendo ser o nome britânico mais forte nas finais do individual geral.
A novata canadensa Maegan Chant ainda é bem fraquinha, mas tem boa postura. Asuka Teramoto passou despercebida para mim nessa competição.
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