Liga Regional Alemã 2012
21 de outubro de 2012Seleção de Ginástica Artísitca Masculina concluiu Estágio de Treinamento no Rio com foco em 2016
22 de outubro de 2012
O
conceito de uma nota de execução é fácil de entender. Parte de 10 pontos, com
deduções apropriadas para cada erro feito durante a série. Esta nota dá a
ginástica uma ideia do quão limpa (bem executada) e confiante foram executados
os elementos escolhidos para compor a série. É essencialmente o julgamento do
quão bem a ginasta executou sua série.
Como as
deduções são feitas, entretanto, pode ser bem confuso. Algumas são difíceis de
perceber, enquanto outras são mais óbvias, então vamos tentar entender as
deduções mais comumente usadas, tanto óbvias quanto sutis. Antes de continuar,
vale ressaltar que existem diferentes tamanhos para deduções, dividas em:
0.1:
Pequena dedução
0.3:
Dedução moderada
Dedução moderada
0.5:
Grande Dedução
Grande Dedução
1.0:
Uma queda
Uma queda
Hoje
iremos falar das deduções mais comuns na prova de salto.
Salto é
um dos aparelhos mais fáceis de visualizar deduções. A ‘série’ é bem pequena, e
normalmente tem deduções que são notáveis à qualquer um (a TV ajuda, já que normalmente
mostram um replay em câmera lenta!).
um dos aparelhos mais fáceis de visualizar deduções. A ‘série’ é bem pequena, e
normalmente tem deduções que são notáveis à qualquer um (a TV ajuda, já que normalmente
mostram um replay em câmera lenta!).
Chegadas
Os
erros mais óbvios na execução de saltos são as chegadas. A ginasta está sempre
tentando uma chegada cravada. Cravando uma chegada – ou seja, chegando sem dar
nenhum passo – a ginasta evita as deduções de chegada. Se a ginasta não crava
sua chegada, a dedução será feita assim:
0.1 –
Um pequeno passo ou saltinho (pense numa distância menor que a largura dos
ombros)
0.3 –
Um passo ou salto médio (Pense em algo entre a largura do ombro e um
metro)
Um passo ou salto médio (Pense em algo entre a largura do ombro e um
metro)
0.5 –
Um passo ou salto com mais de um metro.
Um passo ou salto com mais de um metro.
A outra
dedução óbvia no salto é onde a ginasta chega. Existem três linhas no
colchão de chegada do salto, uma linha central, e uma em cada lateral.
Se a ginasta
chega no meio da linha central, não existe dedução de chegada. As outras
chegadas são
deduzidas assim:
0,1 – Chegadas entre as linhas centrais e laterais mas
sem pisar na linha central.
sem pisar na linha central.
0,1 – Um pé pisando fora das linhas laterais depois de aterrissar
o salto
o salto
0,3 – Um pé aterrissando fora das linhas laterais
0,5 – Aterrissando com os dois pés for a das linha
laterais.
laterais.
Existem
muitas outras deduções que talvez não sejam óbvias, mas são muito importantes
na decisão da nota de execução final.
A
primeira dessas deduções é a dedução da amplitude e distância. Essas deduções
são fator determinante na nota de salto. Os árbitros esperam que as ginastas
que estão saltando demonstrem muita altura e vôo nos seus saltos, isto é, elas
querem ir tão longe e alto quanto possível depois de tocar a mesa. Deduções
para pouca amplitude podem ser de pequena a grande, e o mesmo acontece com a
distância.
Estes descontos são
ótimos, mas note, deduções por falta de altura podem variar entre 0.1 e 0,8.
Essa dedução de 0.8 é exclusiva para a altura do salto. Não existem deduções
diferentes de 0,1, 0,3 e 0,5 no atual, e nem no novo Código de Pontuação.
ótimos, mas note, deduções por falta de altura podem variar entre 0.1 e 0,8.
Essa dedução de 0.8 é exclusiva para a altura do salto. Não existem deduções
diferentes de 0,1, 0,3 e 0,5 no atual, e nem no novo Código de Pontuação.
Deduções comuns para falta de altura:
0.1 para uma pequena falta de altura depois de tocar a mesa
0.3 para uma falta de altura mais moderada
0.5 para uma falta grave de altura
0.8 para pouquíssima altura
Posições
A
posição do salto é outro fator critico e determinante na nota. Posição, na
ginástica, é o quão bem a ginasta mantém o corpo durante a execução do
elemento, como o salto. Os árbitros estão procurando boas posições, tanto antes
quanto depois de tocar a mesa. Isto significa:
0.1 Por não mostrar ponta de pé
0.1 Por cruzar os tornozelos, ou separar as pernas, ao
contrário de ter as pernas juntas e paralelas
contrário de ter as pernas juntas e paralelas
0.1 Por dobrar ligeiramente os joelhos
0.1 Por dobrar ligeiramente o quadril
Os
últimos dois descontos só são válidos para saltos na posição esticada (os mais
comuns). Se a ginasta se propõe a fazer um salto na posição esticada, ela deve
manter a posição durante todo o salto. Entretanto, ginastas podem escolher
saltos em diferentes posições:
Posição carpada: a
ginasta deve dobrar bem o quadril mas manter os joelhos esticados.
Posição grupada: a
ginasta deve manter o quadril e os joelhos bem dobrados.
ginasta deve manter o quadril e os joelhos bem dobrados.
Também existem deduções para saltos com estas posições. Se a ginasta se
desviar da posição que deveria apresentar, os árbitros podem considerar outro
salto. Por exemplo:
um salto grupado com os joelhos pouco flexionados pode ser considerado
um salto carpado mal executado, e vice-versa. A mesma coisa pode acontecer na
posição esticada! Um salto esticado com os quadris severamente flexionados pode
ser considerado um salto carpado, e vice-versa.
um salto carpado mal executado, e vice-versa. A mesma coisa pode acontecer na
posição esticada! Um salto esticado com os quadris severamente flexionados pode
ser considerado um salto carpado, e vice-versa.
Estes são os erros de execuções báscios que os árbitros estão procurando
ao dar a nota de execução do salto. Para dar um exemplo, vamos olhar dois
saltos “amanares”. Este salto é um Yurchenko esticado com duas piruetas e meia no
segundo vôo. Neste salto, a ginasta deve apresentar uma rondada na prancha e um
flic para a mesa (primeiro vôo), para aí se impulsionar o máximo que conseguir
para fora da mesa (segundo vôo) e apresentar o mortal com duas piruetas e meia.
Este mortal deve ser apresentado na posição esticada, o que significa que a
ginasta deve permanecer com o corpo totalmente esticado durante o segundo vôo.
ao dar a nota de execução do salto. Para dar um exemplo, vamos olhar dois
saltos “amanares”. Este salto é um Yurchenko esticado com duas piruetas e meia no
segundo vôo. Neste salto, a ginasta deve apresentar uma rondada na prancha e um
flic para a mesa (primeiro vôo), para aí se impulsionar o máximo que conseguir
para fora da mesa (segundo vôo) e apresentar o mortal com duas piruetas e meia.
Este mortal deve ser apresentado na posição esticada, o que significa que a
ginasta deve permanecer com o corpo totalmente esticado durante o segundo vôo.
Exemplos
Em 2010, os fãs de ginástica estavam animados com o fato de que a equipe
Russa apresentaria 2 “amanares”. Até aquele momento o Amanar era um
salto raro e o fato de ter dois na equipe dava uma grande vantagem às Russas, o
que acredita-se ter sido o motivo da vitória no Mundial daquele ano.Entretanto,
quando Tatiana Nabieva e Aliya Mustafina competiram os “amanares” na
final de salto, ambas tiveram notas E bem menores, devido aos erros de execução.
Russa apresentaria 2 “amanares”. Até aquele momento o Amanar era um
salto raro e o fato de ter dois na equipe dava uma grande vantagem às Russas, o
que acredita-se ter sido o motivo da vitória no Mundial daquele ano.Entretanto,
quando Tatiana Nabieva e Aliya Mustafina competiram os “amanares” na
final de salto, ambas tiveram notas E bem menores, devido aos erros de execução.
Vamos dar uma olhada no salto de Nabieva na final de salto em 2010.
Primeiro, deixe-me
esclarecer uma coisa sobre este Amanar: ele foi “rebaixado”, teve seu valor
reduzido, porque ela não completou as 2,5 piruetas. Note como os pés e joelhos
dela estão apontando para o lado no momento que ela chega ao chão, o que mostra
um giro incompleto. Se ela tivesse completado as 2,5 piruetas, os pés e joelhos
dela estariam apontandos para a frente. O Amanar dela acabou sendo considerado
um Yurchenko com dupla pirueta e descontado em excesso de giro. Isto mudou a
nota de dificuldade do salto: passou de 6,5 para 5,8. Além disso, o salto ainda
teve dedução na nota de execução. As duas deduções mais óbvias são as posições
das pernas. Ao invés de estar com as pernas completamente esticadas, com pés
unidos e com ponta de pé, Nabieva estava com joelhos dobrados, pés separados e
sem ponta durante todo o segundo vôo. Suas pernas também estavam separadas na
primeira fase do vôo, quando ela salta para a mesa. Outra parte despontuada é a
chegada. Ela chegou do lado da linha central e ainda dá um passo para o lado.
Tudo isso piora a sua nota E.
esclarecer uma coisa sobre este Amanar: ele foi “rebaixado”, teve seu valor
reduzido, porque ela não completou as 2,5 piruetas. Note como os pés e joelhos
dela estão apontando para o lado no momento que ela chega ao chão, o que mostra
um giro incompleto. Se ela tivesse completado as 2,5 piruetas, os pés e joelhos
dela estariam apontandos para a frente. O Amanar dela acabou sendo considerado
um Yurchenko com dupla pirueta e descontado em excesso de giro. Isto mudou a
nota de dificuldade do salto: passou de 6,5 para 5,8. Além disso, o salto ainda
teve dedução na nota de execução. As duas deduções mais óbvias são as posições
das pernas. Ao invés de estar com as pernas completamente esticadas, com pés
unidos e com ponta de pé, Nabieva estava com joelhos dobrados, pés separados e
sem ponta durante todo o segundo vôo. Suas pernas também estavam separadas na
primeira fase do vôo, quando ela salta para a mesa. Outra parte despontuada é a
chegada. Ela chegou do lado da linha central e ainda dá um passo para o lado.
Tudo isso piora a sua nota E.
Nota da
Nabieva: Dificuldade: 5.800; Execução: 8.933; Nota final: 14.733
Nabieva: Dificuldade: 5.800; Execução: 8.933; Nota final: 14.733
Compare este com o,
mega elogiado, salto de McKayla Maroney na final por equipes dos Jogos de
Londres. Ela recebeu uma excelente nota de execução e você realmente consegue
ver o porquê neste vídeo: o corpo dela permanece na posição esticada durante
todo o salto. Suas pernas estão esticadas, com ponta de pé e pés colados. Ela
ainda consegue uma altura incrível e uma grande distância da mesa! Maroney
chega no meio da linha central sem dar nenhum passo.
mega elogiado, salto de McKayla Maroney na final por equipes dos Jogos de
Londres. Ela recebeu uma excelente nota de execução e você realmente consegue
ver o porquê neste vídeo: o corpo dela permanece na posição esticada durante
todo o salto. Suas pernas estão esticadas, com ponta de pé e pés colados. Ela
ainda consegue uma altura incrível e uma grande distância da mesa! Maroney
chega no meio da linha central sem dar nenhum passo.
Nota da
Maroney: Dificuldade: 6.500; Execução: 9.733; Nota final: 16.233
Maroney: Dificuldade: 6.500; Execução: 9.733; Nota final: 16.233
Artigo de Bernard Vella, originalmente escrito em The Couch Gymnast. Traduzido por Isadora Córdova.