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3 de março de 2017O que a ginástica reserva para 2017? – Parte 8
14 de março de 2017
HOLANDA
A equipe que mais evoluiu no ciclo com certeza foi a pedra no sapato de muitos, incluindo o Brasil. No Mundial de Glasgow. a Holanda conquistou uma vaga na final por equipes e acabou sendo a responsável por colocar o Brasil na repescagem da vaga olímpica.
Com grandes ginastas como Eythora Thordosttir e a campeã olímpica de trave Sanne Wevers, o ano de 2017 continuará contando, e muito, com as veteranas. Isso porque as juvenis que sobem para a categoria adulta esse ano mantém o padrão holandês – artístico forte e dificuldade fraca – um pouco abaixo do normal. Entretanto, e assim como aconteceram com tantas outras, as novatas podem apresentar muita evolução e garantir um destaque, mesmo que demorado.
A presença de Sanne, Lieke, Vera Van Pol e Celine Van Gerner na equipe holandesa talvez justifique o trabalho a longo prazo que a Holanda faz com suas ginastas. É bem provável que as juvenis apresentadas nesse post estejam ainda um pouco longe de chegarem ao máximo do rendimento, já que a própria Sanne conseguiu sua primeira participação olímpica 9 anos após sua estreia.
Naomi Visser
Finalista de solo no Europeu Juvenil de 2016, onde terminou em 7°, Naomi é a mais talentosa juvenil holandesa que sobe pra a categoria adulta esse ano. Tem um artístico muito bonito e bem feito, assim como os elementos de dança no solo. Na trave, peca nos elementos de dança de alto grau de dificuldade, mas os básicos são muito bem executados. Tem uma linha muito bonita na paralela, fator que pode colaborar muito para notas E mais altas. Embora ainda não apresente uma saída forte nem ligações de bonificação, provavelmente esse será o aparelho onde a ginasta apresentará mais evolução e ajuda para a equipe no futuro.
Marieke Van Egmond
Linda de viver, essa pode ser uma de suas ginastas favoritas nos próximos anos. Marieke tem linhas e artístico tão bonito e expressivo que você deseja apenas adicionar um pouco de dificuldade nas séries para que ela fique mais competitiva e se destaque em competições. Tem série “completa” nas barras assimétricas, contando agora até com elemento E, o jaeger carpado, além de uma linda saída de tsukahara. No solo é muio expressiva, podendo encantar juízes e expectadores. Fez parte da equipe que competiu o Europeu Juvenil no ano passado, chegando a alcançar 13,166 no solo e 13,475 na trave de equilíbrio.
Eythora Thorsdottir
Eythora continua em 2017 caminhando sua jornada de sucesso iniciada em 2015 no Mundial de Glasgow. Desde que entrou para a categoria adulta, em 2014, seu processo de evolução seguiu uma linha crescente. Apesar de não ter competido no Mundial desse ano, teve como ponto auge um bronze no solo no Elite Gym Massilia. Em 2015, assegurou sua vaga no Mundial, não só na equipe que competiu como também na final por equipes e na final de trave, terminando em 8° em ambas. Nos Jogos Olímpicos, foi 7° por equipes e 9° no individual geral, talvez a melhor marca de uma ginasta generalista de seu país. Para finalizar, tem a melhor nota individual geral do ano até momento: um 56,350 no Reykjavik International Games, conquistada em fevereiro. É esperado que Eythora seja uma ginasta de grande destaque no Mundial do Canadá, podendo figurar entre as melhores do mundo no individual geral, trave e solo.
Sanne Wevers
A primeira e única campeã olímpica holandesa, Wevers fez história nos Jogos do Rio. Criticada por muitos pela composição da sua série – que conta com muitos elementos de dança -, e levando o ouro mesmo assim, Wevers foi impecável e não desperdiçou a chance que teve. Começou 2017 muito bem, competindo na Copa do Mundo de Melbourne e conquistando a prata com a nota 14,500 (lembrando que esse ano as notas de barras assimétricas, trave e solo estão, pelo menos, 0,5 mais baixas do que padrão de notas vistas até o fim do ano passado, isso por conta da extinção do requisito de composição que aumentava em 0,5 as séries com saídas de valor mínimo D). Mesmo o Mundial do Canadá sendo de especialistas, e é bem provável que Sanne vá competir apenas trave, vale lembrar que a ginasta colabora muito nas barras assimétricas, onde pontuou uma média de 14,500 nos campeonatos do ano passado e garantiu um bronze na final do Europeu de 2015.
Post de Cedrick Willian
Foto: Divulgação