O que a ginástica reserva para 2017? – Parte 7
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19 de março de 2017Mesmo as equipes que não foram top 8 nos Jogos Olímpicos tem suas atletas de destaque entrando para a categoria adulta. Confira outras boas juvenis que debutam esse ano.
Lorette Charpy – FRANÇA
Sem dúvidas a francesa tem as barras assimétricas como seu melhores aparelho, onde executa vários elementos de valor E. Foi nesse aparelho que foi finalista e bronze no Europeu Juvenil no ano passado, quando também foi finalista de trave e terminou em 4°. A trave é seu segundo melhor aparelho, onde apresenta a ousada sequência de reversão + mortal para frente, que bonifica 0,2. No solo, abre as diagonais com um belo duplo de frente, mas acaba pecando nos elementos de dança, que ainda precisam de trabalho técnico. No salto, seu aparelho mais fraco, apresenta um bom yurchenko com pirueta, com espaço para evolução.
Martina Maggio – ITÁLIA
Mesmo que ainda possua uma série de barras assimétricas inconstante, Martina Maggio é provavelmente a italiana mais completa que esse ano chega na categoria adulta. Possui um ótimo yurchenko com dupla pirueta no salto e boas acrobacias no solo, sobrando nos duplo mortais e executando a tripla e o tsukahara com uma certa facilidade, tendo ainda bons elementos de dança nesse aparelho. O mesmo acontece na trave, onde executa uma boa cortada em arco e o sheep jump, além da sequência de flic + 2 layouts. Martina foi campeã européia juvenil de salto sobre a mesa e colaborou com todas as suas três notas (só não competiu na trave) na final por equipes do mesmo campeonato.
Ioana Crisan – ROMÊNIA
Um pouco de alívio para a Romênia que, se trabalhar bem com as novas juvenis, pode ter um pouco de segurança nesse ciclo. Ioana chega na categoria para contribuir muito, com boas séries e bons elementos. Tem uma série de barras assimétricas bem completinha para uma romena, apresentando até uma sequência de stalder com pirueta + tkatchev. No solo, apresenta dois tsukaharas – grupado e carpado – e tem elementos de dança de dar gosto de ver. Já na trave os elementos perdem muita amplitude, mas ela consegue compensar na sequência de 2 flics + mortal esticado como também na saída de 2 flics + duplo carpado; ainda esbanja originalidade na sequência de oitava à parada + flic + layout. O salto ainda é fraco: Crisan até o momento executa apenas um yurchenko com pirueta.
Lynn Genhart – SUÍÇA
Lynn é simplesmente a vice-campeã européia juvenil 2016 no individual geral e ainda finalista de barras assimétricas, onde terminou em 5° lugar. O que mais chama atenção em Lynn não são os elementos de alto grau de dificuldade ou séries espetaculares, mas sim sua base bem feita. A ginasta ainda tem como ponto positivo sua consistência, fator importantíssimo para a conquista da prata no europeu. Na ocasião, Lynn tinha se classificado para a final em 14° lugar, mas repetiu suas séries com confiança e acabou vencendo outras favoritas. Tem um balanço muito bom na paralela, habilidade que pode ajudá-la a desenvolver largadas mais complexas no futuro. Como a maioria já está acostumada, as ginastas suíças quase nunca despontam em seu primeiro ano adulto. É bem provável que Lynn seja uma surpresa maior para o fim do ciclo.
Maellyse Brassart – BÉLGICA
Post de Cedrick Willian
Foto: UEG Gymnastics